segunda-feira, 5 de maio de 2014

Angústia de ser – Genésio Linhares

Em minha alma o dia amanheceu nublado
O horizonte em tristeza se perdia
A estrada do pensamento: vazia.
O rio do sentimento: atormentado.

O sol da vida: sombrio e apartado
Nesta plúmbea paisagem só se via
Cinzas de um tempo que se esvanecia
Entre entranhas do meu ser angustiado

Mas que “bela” pintura de um pós-guerra
Amanheceu minha alma assim emoldurada!
Que razões a viver nesta ventura?

Se a morte a vida rompe e nutre a terra
E a tristeza assim de um dia é eternizada
Só me resta fingir que tudo dura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário