(Tradução de José Jeronymo Rivera)
Bem pode ser que
tudo o que em meu verso hei sentido
Não seja mais que
aquilo que nunca pôde ser,
Não seja mais do
que algo vedado e reprimido
De família em
família, de mulher em mulher.
Dizem que nos
solares dos meus, sempre medido
Estava tudo
aquilo que se tinha a fazer...
Silenciosas dizem
que as mulheres hão sido
Em meu materno
lar. Ah, sim, bem pode ser...
Às vezes minha
mãe terá sentido o anseio
De liberar-se, e
logo viu subir-lhe do seio
Uma funda
amargura, e na sombra chorou.
E tudo de mordaz,
vencido, mutilado,
Tudo o que se
encontrava em sua alma guardado,
Creio que sem
querer fui eu quem libertou.
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