quarta-feira, 7 de maio de 2014

Confissão - Gladys Carnagnola

Eu bati em tua porta dia após dia

E mendiguei quanto pudesses me dar
—como uma pedinte—.

Por que falo em passado?
estendo minha mão para ti quando a tarde
dissimula minha angústia e minha vergonha.

Te amo mais que nunca
e tua avareza me dói sempre;
mas deixar-te,
eu,
Poesia,
Deixar-te?

Nem morta!

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