segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dos verbos e dos átomos - Thiers Rimbaud



Dos verbos retiro paz
vapor de pouso
código de linhas
construções mentais
nos átomos perco-me
pouso incerto
atravessam
voos
liberam prótons
matéria em movimento
vida em ação
medo sinalizado
quase como deusa
perturbas o sono
atomica’mente
abre-se a casca
retira a noz
morde
macia e aveludada
entre aberta gota
inescrupulosa
pede mais mais
um beijo
no descaso da hora
mais um vapor consumido
des’estrutura
arranha rasga
todas as razões
des'medidas.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não sei se posso resumir nestas palavras a minha primeira impressão do ótimo poema,devido a uma falta de sensibilidade do meu olhar com certas questões poéticas!que lamento-me muito...
    Mas é formidável a maneira pode-se dizer de como mistura ciência,de certa forma representando uma relação empirista com as questões sentimentais.Interessante,essa sinestesia :)

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