sexta-feira, 9 de maio de 2014

Testamento - Alexei Bueno

Quando acabar-se a piada trágica
Juntem-me a ossada, façam-na em pó,
E a uma ampulheta brilhante e mágica
Vêem-no inteiro, sem sentir dó.

Que assim prossiga como viveu,
E encarcerado na insossa hora
Role sem rumo, tal como eu,
E veja a vida, mas só de fora.

E isto já basta... O sol brílhará,
E ornado em tempo o pó não descansa.
Oh! ele rirá! E bem vos roerá
Homens de um dia... Bela vingança!

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