sexta-feira, 11 de julho de 2014

Jardim – Verônica Volkow - Tradução de Antonio Miranda

Há em meu jardim rosas que desfolham
um coração aberto ao descampado.
Assim é a flor,
sua nudez é magia.
Peço à rosa me guarde,
na fragilidade, dons secretos
e o espinho me conceda a humildade
e suas mãos precisas.

Peço um teto que não tape, que lembre
o céu
e uma cidade que é sempre nova
porque não esgota seus caminhos,
e peço ao rio seu fluir,
sua morte ao instante
que também é voo.

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