quinta-feira, 31 de março de 2016

ONDE FOI RIO – Nísia Nóbrega

Onde foi rio, era chão,
duro, lavado, sem brio.
Nenhuma flora para espera,
rachando ao sol,
chão de estio.
Onde foi rio, corri,
lágrima e sal de esperança.
Espera e anseio perdi
de me rever em criança.
E já não cri, já não cri.
Por onde os grilos da infância?
Quem de buscar não se cansa?

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