quarta-feira, 1 de junho de 2016

NOITE DE BAR - Rafael Rocha

Noite vazia em vertigem tão calada.
Mesa de bar sem um só companheiro.
Faço o soneto da tristeza descarada
Sob um gole de cerveja, derradeiro.

Diz o garçom: Esta vida é um nada!
Sem bebida, sem mulher, sem dinheiro!
E as cinzas da solidão descontrolada
Fazem o cigarro apagar-se no cinzeiro.

Meia-noite! Quero beber sofregamente!
Quero escrever o verso condizente
Com a dor desta maciça solidão!

E o dia nasce! E o bar fecha a porta!
O sol escala o céu e a noite morta
Marca encontro com o sono lá no chão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário