quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

SONO DA BALZAQUIANA - Rafael Rocha

Qual sonho dança na bela escultura adormecida,
mulher em parecença de anjo a viver na nudez
do belo corpo onde anseios voejam (aves atrevidas)
como se paixões chegassem pela primeira vez?

Seus segredos dormem em completa languidez
e o poeta busca avistá-los com um triste olhar,
tentando escutar sussurros, mas a sua surdez
não ajuda a imaginação no versejar.

Fica assim! Durma nessa tranquilidade humana!
Tenha os sonhos mais atrevidos com que possa
mergulhar nas correntes de luxúria da sua vida.

Mesmo que o corpo durma, a alma balzaquiana
viaja a rituais de amor, onde a vivaz paixão se apossa,
adorando no sonho o prazer de ser apetecida.

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