Se eu tiver anseios
de voar à lua
Terei de criar um
míssil de estrelas
Alçando voo tenho de
sabê-las
Para a rima não sair
tão crua
Dentro da paisagem
noturnal.
Sem a rima farei uma
viagem
No farrapo de um
velho cometa
Centelhando em busca
de uma meta
Do tesouro sem ouro
ou miragem
Qualquer coisa
natural.
A lua poderá ser o
corpo leve
Da mulher que
acondicionou
Meu nome, meu sexo e
meu amor
Abrindo alas à chuva
e à neve
Para a paixão
outonal.
De Ícaro ganharei
asas modernas
À esta sede de voar
na emoção
De uma nova e límpida
canção
O tempo novo e as
almas hodiernas
Marcam o caminho do
final.
Tendo anseios de voar
à noite
Com asas macias e
mais leves
Da poesia dessas
coisas breves
Homem estarei sempre
em pernoite
No teu corpo, minha
amada casual.
Canta
em mim o vício da paixão
E
a máxima de quando é se entregar
Na
vertigem do prazer de amar
Gosto
de perder a razão
E ser eterno, único e total.
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