Trabalha diligente o velho jardineiro,
de cuja mão depende a sorte do jardim.
Cuida de cada planta e de cada canteiro
e seu árduo labor parece não ter fim.
Sua mão despejou a alegre sementeira
no solo que ela mesma adrede preparara,
e é sua mão que aduba, e escora, e poda, e joeira,
dentre as flores que cria, a mais bela e mais rara.
Mais que todos, conhece o valor do trabalho.
Mas sabe ele também que, da raiz ao galho
e do caule à corola, o anélito, a palavra,
o sopro, a seiva, o canto, a lúcida placenta
não é ele o demiurgo, o pródigo que a inventa,
e é
preciso esperar que a rosa aos ventos se abra.
Sempre passo por este blogue para ler
ResponderExcluirboa poesia de tantos poetas e poetisas
de grande qualidade.
Os meus cumprimentos
Irene Alves