Para mim teu corpo é
sempre o mesmo corpo.
Não envelhece. Não
tem rugas. Sempre o mesmo.
Até quando escrevo
um poema olhando um outro
de qualquer outra mulher
eu vejo o teu vivaz e lindo.
Eu sei que o tempo
torna as coisas carcomidas
mas teu corpo em mim
continua sempre novo.
Sempre como aquele
de décadas antigas
esperando meus
beijos e minhas carícias.
Irei assim
acompanhando essa imagem de teu corpo
ainda que nós ambos
estejamos desenvoluindo
e tendo outros olhos
a olhar para outros corpos
fingindo e mentindo
que ainda são os de antes.
Mas para mim teu
corpo é sempre o mesmo corpo
onde redescubro
sonhos e desejos de paixão.
Sim! Sim! Porque
estamos vivos na paisagem
e não custa sonhar e
acreditar que somos e somamos.
Tudo isso serve para
a gente espantar a morte
como a beber uma
cerveja, um vinho ou um licor.
Viver é uma bebida
venenosa a matar lentamente
e isso nós sabemos e
criamos antídotos com o olhar.
O teu corpo vem em
sonhos e traz variedades
dos momentos de
quando o destino bateu na porta
e de quando nunca e
jamais as nossas saudades
foram ideias mortas.
Para mim teu corpo é
sempre o mesmo corpo.
Não envelhece. Não
tem rugas. Sempre o mesmo.
É um poema para meu
olhar envelhecido de hoje.
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