segunda-feira, 27 de abril de 2015

POSSE - João José Cochofel

Lá fora
o sol passava as fronteiras
de horizontes longínquos,
e dentro do quarto tombava
uma luz vaga…
Deitado
o teu lindo corpo espraiava-se
brando,
num abandono morno
que a luz sem arestas afagava.
Tudo em ti era uma espera
dos teus seios suaves de menina
e do teu sexo em flor.
Minhas mãos escorregaram lentas…
Tu lentamente cedias
e os olhos eram poços fundos e escuros
na noite que descia

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