Humana fonte bela,
repuxo de delícia entre as coisas,
terna, suave água redonda,
mulher nua: um dia,
deixarei de te ver,
e terás de ficar
sem estes assombrados olhos meus,
que completavam tua beleza plena,
com a insaciável plenitude do seu olhar?
(Estios; verdes frondes,
águas entre as flores,
luas alegres sobre o corpo,
calor e amor, mulher nua!)
Limite exato da vida,
perfeito continente,
harmonia formada, único fim,
definição real da beleza,
mulher nua: um dia,
quebrar-se-á a minha linha de homem,
terei que difundir-me
na natureza abstrata;
não serei nada para ti,
árvore universal de folhas perenes,
concreta eternidade!
Maravilhoso este poema.
ResponderExcluirCumprimentos
Irene Alves