A PRIMEIRA NAMORADA
Como pássaros brancos que voltassem
de uma estranha região de coisas mortas,
as tuas mãos, Teresa, em meus cabelos
vieram ninhar saudades esquecidas.
Deixa eu tê-las nas minhas. Vamos juntos
passear velhos domingos de outros tempos,
fazer a turma toda roer de inveja
quando eu passar contigo pela praça.
Repetiremos tudo novamente:
- eu, orgulhoso, comprarei sorvetes
com os dez mil réis contados da semana;
ficaremos depois no velho banco
sem dizer nada, nossas sombras juntas
como duas saudades que se achassem!
gostei muito deste poema: como duas saudades que se
ResponderExcluirachassem! Muito bom.
Abraço amigo
Irene Alves