Cristo morreu há mil
e tantos anos;
Foi descido da cruz,
depois enterrado;
Ainda assim, a pedir
não tem cessado
Para o sepulcro dele
os franciscanos!
Tornou a ressurgir
dentre os humanos;
Subiu da terra ao
céu, lá está sentado;
E à saúde dele
sepultado
Comem à nossa custa
estes maganos;
Pensam os que lhes
dão a sua esmola
Que ela se gasta na
função mais pia...
Quanto vos enganais,
oh gente tola!
O altar mor com dois
cotos se alumia;
E o fradinho com a
puta, que o consola,
Gasta de noite o que
lhe dais de dia.
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Se tu visses, Josino,
a minha amada
Havias de louvar o
meu bom gosto;
Pois o seu nevado,
rubicundo rosto
Às mais formosas não
inveja nada;
Na sua boca Vênus faz
morada;
Nos olhos tem Cupido
as setas posto;
Nas mamas faz
Lascívia o seu encosto,
Nela, enfim, tudo
encanta, tudo agrada;
Se a Ásia visse coisa
tão bonita
Talvez lhe levantasse
algum pagode
À gente, que na foda
se exercita!
Beleza mais completa
haver não pode;
Pois mesmo o cono
seu, quando palpita,
Parece
estar dizendo: "Fode, fode!"
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