Do livro “Poemas Escolhidos”
Vou vestir a fantasia da
ilusão
neste carnaval da vida.
O frevo faz o coração
marcar o passo na avenida.
Escrevo a marcha poesia
e crio nova nostalgia:
a máscara negra do dia!
Homem da Meia-Noite:
em Olinda sou turbilhão
No Galo da Madrugada
conquisto um coração
Peço: tristeza vá embora!
E ainda assim a alma chora
o fim dessa glória!
É Carnaval! Carnaval!
Apenas três dias de alegria!
O amor é casual
e a pobreza se faz rainha!
A folia é uma passageira
da trama de um Zé Pereira
pra morrer na quarta-feira!
Sou o poeta carnavalesco
e um triste pierrô!
Arlequim grotesco
busco a colombina do amor!
E vendo a menina a frevar
sua boca quero beijar
e seu lindo corpo amar!
No Carnaval tudo é permitido e tudo
ResponderExcluirpode ser uma ilusão.
Gostei.
Um abraço, amigo.
Irene Alves