Estou com os pés atados
os dias contados
Nunca mais
andar por aí
onde os caminhos eram ladeados
pelas verdes árvores
que davam sombra
e o canto dos pássaros
Onde os caminhos tinham o perfume
das flores e dos frutos
os dias contados
Nunca mais
andar por aí
onde os caminhos eram ladeados
pelas verdes árvores
que davam sombra
e o canto dos pássaros
Onde os caminhos tinham o perfume
das flores e dos frutos
Estou com os pés atados
e as asas cortadas
Nunca mais
andar por aí
onde o rio era mais azul
Nunca mais
voar por aí
sobre o vale verdejante
Ousar o longe
as alturas
e as asas cortadas
Nunca mais
andar por aí
onde o rio era mais azul
Nunca mais
voar por aí
sobre o vale verdejante
Ousar o longe
as alturas
Voar sobre o campanário
da igreja da cidade que nasci
Voar sobre a casa amarela
dos meus assombros e encantos
da igreja da cidade que nasci
Voar sobre a casa amarela
dos meus assombros e encantos
Vê a menina na janela
que se faz mais distante
de quando eu caminhava
suplicante por um sorriso
um olhar
que se faz mais distante
de quando eu caminhava
suplicante por um sorriso
um olhar
A menina não me via
nem percebia eu possuía
o poder de transformar
o que era feio em coisas lindas
Uma magia que apenas dependia
dos olhos dela cegos de mim
nem percebia eu possuía
o poder de transformar
o que era feio em coisas lindas
Uma magia que apenas dependia
dos olhos dela cegos de mim
Nunca mais
voar por aí
Ousar o longe
as alturas
Nunca mais
voar por aí
Ousar o longe
as alturas
Nunca mais
pelo vale verdejante
a voz cantante
da ninfa Eco
Nunca mais
a voz cantante
da ninfa Eco
Nunca mais
Um poema de desistência.
ResponderExcluirAbraço amigo.
Irene Alves