Tradução de Luís Quintais
Sob as folhas de bronze um potro nasceu.
Alguém depositou amargos frutos em nossas
mãos.
Estrangeiro. Que passou.
Eis que chegam novas de outras províncias
do meu agrado…
“Eu vos saúdo, filha, sob a mais alta das
árvores do ano.”
Pois que o Sol entra no signo do Leão
e o Estrangeiro tem seu dedo na boca dos
mortos.
Estrangeiro. Que ri. E fala-nos de uma
erva.
Ah! das províncias sopram tantos ventos.
Folguedos em nossos caminhos! alvoraçada
trompa;
regozijo de plumas, delícia da asa!…
“Minha alma, grande rapariga, tiveste
maneiras tuas que não as nossas.”
Sob as folhas de bronze um potro tinha
nascido.
Alguém depositou amargos frutos em nossas
mãos.
Estrangeiro. Que passou.
Sob a árvore de bronze eis um grande ruído
de vozes.
Rosas, betume, dom do canto, em câmaras
trovão e flautas!
Ah! que folguedos em nossos caminhos, num
ano tantas histórias,
e o Estrangeiro com suas maneiras pelos
caminhos da terra inteira…
“Eu
vos saúdo, filha, envolta no mais belo manto do ano.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário