(Em homenagem ao 8 de março)
O meu nome é mulher
Luar de pedra
Lua pálida que se inclina
Sobre a noite em mistérios
E semeia feminina
Seus perfumes etéreos
Peregrina dos séculos
Pedra que esteia
Orgânica, na terra
Vulcânica se alteia
Pedra em que se medra
A seiva na veia.
O meu nome é mulher
Tantas vezes escrava
Proclamada rainha
E que no tempo escava
Sua sina liberta!
Que ainda assim caminha
Com essa veia aberta
Para ser-me só minha!
O meu nome é mulher
Suave e guerreira
Cantante e altaneira
Cortante e materna
Nunca mais calada
Nem mais exilada
De sua força eterna!
O meu nome é mulher
Que nunca mais se quer
Abaixo ou metade
Com véu ou despida
Ao desejo do macho.
Acuada ou vendida.
Nunca mais capacho
De um mundo viril.
Mas ternura inteira
Nem puta, nem freira
Feminina e varonil.
O meu nome é mãe
Meu abraço é colo
O meu cântico é cálido
O meu peito é solo.
Não renego filhos
Não desamo os homens
Não desmamo ninguém.
Não disputo vintém.
Não invejo brilhos
Sou meus próprios trilhos.
Sou a musa e a poeta
Sou livre e alerta.
Vou por altas veredas
Sem verdades azedas!
Mas nada concedo
Nem conheço o medo
Apenas me cedo
O rosto enxugado
E um manto rendado
De múltiplas estrelas
Sabendo que um dia
Em tempos serenos
Em meus olhos plenos
Hei de rútilas tê-las
As fúlgidas estrelas...
O meu nome é mulher
Luar de pedra
Lua pálida que se inclina
Sobre a noite em mistérios
E semeia feminina
Seus perfumes etéreos
Peregrina dos séculos
Pedra que esteia
Orgânica, na terra
Vulcânica se alteia
Pedra em que se medra
A seiva na veia.
O meu nome é mulher
Tantas vezes escrava
Proclamada rainha
E que no tempo escava
Sua sina liberta!
Que ainda assim caminha
Com essa veia aberta
Para ser-me só minha!
O meu nome é mulher
Suave e guerreira
Cantante e altaneira
Cortante e materna
Nunca mais calada
Nem mais exilada
De sua força eterna!
O meu nome é mulher
Que nunca mais se quer
Abaixo ou metade
Com véu ou despida
Ao desejo do macho.
Acuada ou vendida.
Nunca mais capacho
De um mundo viril.
Mas ternura inteira
Nem puta, nem freira
Feminina e varonil.
O meu nome é mãe
Meu abraço é colo
O meu cântico é cálido
O meu peito é solo.
Não renego filhos
Não desamo os homens
Não desmamo ninguém.
Não disputo vintém.
Não invejo brilhos
Sou meus próprios trilhos.
Sou a musa e a poeta
Sou livre e alerta.
Vou por altas veredas
Sem verdades azedas!
Mas nada concedo
Nem conheço o medo
Apenas me cedo
O rosto enxugado
E um manto rendado
De múltiplas estrelas
Sabendo que um dia
Em tempos serenos
Em meus olhos plenos
Hei de rútilas tê-las
As fúlgidas estrelas...
Uma boa homenagem às mulheres.
ResponderExcluirGostei bastante.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves