quinta-feira, 15 de novembro de 2018

TELA VERMELHA - Rafael Rocha

Com letras brancas conjugo versos vermelhos
cheios de formas tanto paz ou desvarios.
Apodero-me dos conceitos de outros conselhos
e no pincel mágico escrevo o rumor dos rios.

Ao sabor da vida pertencem velhas crenças
que destroem num átimo o verbo racional:
- São contos deístas cheios de subserviências
querendo destruir o meu voo de imortal.

O espaço fica mais rubro que no sol poente
e nele habita o anseio do velho penitente
de ver seu deus errante habitar em seu ser
para morrer e apagar o pecado reticente
e orar na luz vermelha pelo perdão ausente
aos que adoram sonhos sem nunca os ver.

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