quarta-feira, 7 de novembro de 2018

CIGANA – Gacy Simas

Chamam-me cigana,
não pelo nascimento
mas pelo espírito indômito
que guardo
no fundo do peito.
        Reconheço-me cigana
quando leio a sorte
não pelas mãos,
mas pelo olhar
                    mesmo que não seja aberto ou franco.
          Não posso evitar
          ser quem sou
          mas posso não falar...
          Cantam-me cigana
 e os quatro ventos da terra
  se unem em ondas
 ao centro.
          Danço
 com meus lenços finos de seda
e todas as cores do paraíso
reconhecem.
          Chegará o tempo
em que a cigana
que habita em mim
se revelará.

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