sábado, 10 de novembro de 2018

CRÍTICA DA POESIA – Vasko Popa


Tradução de Aleksandar Jovanovic

Depois da leitura de poemas
No serão literário da fábrica
Começa o diálogo

Um ouvinte ruivo
De face marcada por manchas solares
Ergue dois dedos

Camaradas poetas

Se eu lhes versificasse
Toda a minha vida
O papel ficaria rubro

E pegaria fogo


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