quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A MARGEM – Cristina Garcia Lopes


A visão do rio 
corre em si mesma 
quando não se tem rio na memória 

quando de outra margem 
a visão de fundo é desmedida 
para o raso da lembrança 

quando não há nome 
para a umidade plena 
nascida dentro 
sem rio que a sustente. 

Basta a visão do rio 
que corre em si mesmo 
sem arrancar memória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário