sexta-feira, 26 de junho de 2020

POEMA DA MANGA-ROSA – Nísia Nóbrega

Mamangua-penso, e ao risco escapo.
          Volto no tempo...
          Macia pele de manga-rosa,
          mão descascava.
          Sumo escorrendo,
          da boca ansiosa,
          manchava a manga
          da blusa nova,
          tão cor-se-rosa,
          tão manga-rosa,
          tão perfumada...
          Manchada? Não.
          Aquela blusa ficou foi doce,
          e mais macia,
          sem engomados,
          só manga e róseo
          tempo escorrendo,
          despetalando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário