Muito amada a cidade! Recife de meu tempo
e de minhas glórias intérminas
renascidas diariamente.
Bastantes amadas ruas e avenidas
e os becos e os abraços persistentes
dos prostíbulos e dos bares e botecos.
Na rua Padre Muniz a putinha Aparecida
tirou-me a virgindade de uma só vez
no aposento do primeiro andar de um bar
fazendo esquina com a Travessa do Macedo.
Ah, mas isso foi em um tempo
de quando não existia pandemia grave!
Hoje meu coração aflito não mais caminha
pelas ruas e avenidas e nem adentra bares
nem prostíbulos e nem botecos.
Tento fazer a mente viajar por esses espaços
antes que estações mortas e fúnebres
tornem-se presenças únicas no meu cantar.
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