sexta-feira, 19 de junho de 2020

ALEGRIAS PASSADAS - Sílvio Meira

Como são tristes as alegrias passadas.
quais cinzas nas mãos.
E as glórias passadas, como são sem brilho,
Quais flores murchas lançadas ao chão.
E os amores passados, como são sem vida.
deles só restam os sulcos imensos,
que o tempo não conseguiu consumir.
E as dores passadas que não sangram mais,
diluídas no tempo,
como são alegres as dores passadas,
que ficam gravadas no meu coração.
Só as dores não morrem,
só elas são eternas,
só elas renascem,
revivem no peito,
companheiras inseparáveis até o último alento,
quando se transformam em luz.
Como são tristes as alegrias passadas,
quais cinzas nas mãos.
Como são alegres as dores passadas,
gravadas no meu coração.

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