A catedral da
noite é como um berço
onde habitam
harpas, acordes que procuram
a forma
indivisível da casa
em colunas
erguidas à última corda dos céus.
Dizem que no meio
estão os anjos todos brancos
e que aí a música
dos ares abre
crateras amplas de
fogo e de cristal.
E que nas
entranhas da noite se move
o espírito do
poema. Por isso
nas mãos, nos
dedos,
cresce-me a
cadência, o uso
de revolver a
palavra no negrume
até descer ao
silêncio
e ouvir o som.
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