O domingo se desfez,
dissipou-se como o rio
tragado pelo oceano.
As expectativas,
os projetos,
os sonhos
foram jogados no baú
e trancafiados com a chave da
esperança.
O som das sirenes
lembra o grito das almas
no inferno de Dante.
A tristeza desfila pelas
avenidas desertas.
Deus! Oh Deus!
Onde estás? Onde te escondes?
Que não ouves, não respondes?
O nosso riso congelou-se
em uma esquina temporal
e os ladrões do templo
luziram suas luvas
sem ter quem os chicoteasse.
Restaram os abraços
que não foram dados,
as palavras que não foram
ditas,
as despedidas que não foram
feitas.
O anseio da vida
implode nos corredores
impulsionado por espasmos de
gozo,
enquanto o domingo
escorrega
para o túmulo.
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