Na fazenda. À tardinha. O sol, no altar do Poente
- Sacerdote pagão -, celebra a Ave-Maria.
Como que a natureza a orar, piedosamente,
Assiste genuflexa aos funerais do dia.
Debaixo da latada a deitar sombra à frente
Da cabana, a rezar, uma velhinha fia.
Junto, as mãos à almofada, a menina, agilmente,
troca os bilros.Além, voa uma ave erradia.
Chia um carro de lenha aos trancos pela estrada.
E o carreiro, impiedoso, os pobres bois ferroando,
Segue a cantarolar uma penosa toada.
Rangem, como a gemer, as rústicas porteiras. ...
E, obedientes à voz do vaqueiro, aboiando,
Recolhem-se a mugir as reses curraleiras.
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