(Trad.
de Álvaro Reis)
Sombria,
ela evocava esses bosques incultos;
treze
lampiões de ferro oblongos e ancestrais,
sobre
livros, ao pó do tempo, e à sombra ocultos,
lançavam
dia e noite uns clarões sepulcrais...
Sempre
eu tremia quando entrava os seus umbrais;
- e
entre sombras me via, e entre roucos singultos,
diante
treze senis poltronas espectrais,
e sob o
austero olhar de treze grandes vultos.
Um dia,
à meia-noite, eu, de uma das janelas
olhava,
a aparecer e a desaparecer,
o
duende que se esgueira e salta pelas vielas...
quando
se me gelou de súbito a razão...
Treze
vezes ouvi o relógio bater
no
silêncio feral do maldito salão!
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