(Trad.
de Antônio Sales)
Uma
triste mulher, que em si mesma, silente,
se
abisma, em pé curvada: eis a Filosofia.
Solitária,
na sombra entra, e ali se confia
aos
impulsos da fé, que em seu íntimo sente.
A
terra, as estações, o azul resplandecente,
a
volúpia falaz que da vida irradia,
tudo o
que o nosso olhar percebe, a deixa fria:
ela
reclama e busca um sempiterno ausente.
Virgem augusta, eu te amo e o teu pesar compreendo:
de ti me
aproximando, o meu hálito prendo,
para
não perturbar o teu labor divino.
Porque
de tua boca eu espero o segredo,
que
desejo saber e de que tenho medo:
minha
origem qual é, e qual é meu destino?
Muito interrogativo, mas a vida é feita de interrogações e
ResponderExcluirmuita vez de perguntas sem respostas.
Gostei.
Cumprimentos
Agradeço pelo seu comentário.
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