Chove, chove, chove
A folha branca me chama
No chão, uma poça de lama
Por dentro algo se move
É tão vivo e me comove
Por fora separo a ganga
Palavras vão outras ficam
Me enchem de vida
Miçangas que são coloridas
Unindo o dito e o não dito
Tudo existe pra ser palavra
Cá dentro suporto um calvário sem uma lágrima
Se sofro, rio, calo ou canto
Pro poema pouco importa
Só dizem que não estou morta
Realizam meu intento
Palavras descem ao vento por linhas tortas
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