quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ILUSÕES - Medeiros e Albuquerque

Velas fugindo pelo mar em fora…
Velas… pontos - depois … depois vazia
a curva azul do mar onde, sonora,
canta do vento a triste psalmodia…

Partem pandas e brancas… Vem a aurora
e vem a noite após, muda e sombria…
E, se em porto distante a frota ancora,
é p’ra partir de novo em outro dia…

Assim as ilusões. Chegam, garbosas,
palpitam sonhos, desabrocham rosas
na esteira azul das peregrinas frotas…

Chegam… Ancoram n‘alma um só momento;
logo, as velas abrindo, amplas ao vento,
fogem p’ra longe a solidões remotas.

Um comentário:

  1. É a minha primeira visita do ano a este cantinho
    dos grandes poetas e poetisas de todos os tempos.
    É sempre muito bom estar aqui silenciosamente a ler boa poesia.
    Abraço amigo.
    Irene Alves

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