Amanheceu domingo.
O calor do teu corpo
Embaçava os vidros frios da janela.
E dele emanava um resto de paixão.
Não me atrevi a consumi-la.
Amanheceu sorrindo.
A minha alma contemplando a tua
Que, cheia de pudor, se escondia
Sob os lençóis molhados.
Amanheceu tão lindo
Em minha volta
Que não me importei em morrer,
Apenas te contemplar até
Que se esvaísse o último suspiro.
Amanheceu caindo
Uma chuva fina
Pra sepultar de vez
A saudade dos desejos saciados.
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