Nenhum compreendia o segredo noturno das
lousas
nem porque a esfera armilar se exaltava tão
só
quando a olhávamos.
Somente sabíamos que uma circunferência
pode não ser
redonda
e que um eclipse de lua confunde as flores
e adianta os relógios dos pássaros.
Nenhum de nós compreendia nada:
nem porque nossos dedos eram de tinta
nanquim
e a tarde fechava compassos para a alva
abrir
livros.
Somente sabíamos que uma reta, se quer,
poder ser
curva ou quebrada
e que as estrelas errantes são meninos que
ignoram
a aritmética.
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