Há dias de inverno sem neve em que o mar é parente
de zonas montanhosas, encolhido sob plumagem cinza,
azul só por um minuto, longas horas com ondas quais pálidos
linces, buscando em vão sustento nas pedras de à beira-mar.
de zonas montanhosas, encolhido sob plumagem cinza,
azul só por um minuto, longas horas com ondas quais pálidos
linces, buscando em vão sustento nas pedras de à beira-mar.
Em
dias como estes saem do mar restos de naufrágios em busca
de seus proprietários, sentados no bulício da cidade, e afogadas
tripulações vêm a terra, mais ténues que fumo de cachimbo.
de seus proprietários, sentados no bulício da cidade, e afogadas
tripulações vêm a terra, mais ténues que fumo de cachimbo.
(No
Norte andam os verdadeiros linces, com garras afiadas
e
olhos sonhadores. No Norte, onde o dia
vive numa mina, de dia e de noite.
vive numa mina, de dia e de noite.
Ali, onde o único sobrevivente pode estar
junto
ao forno da Aurora Boreal escutando
a música dos mortos de frio)
a música dos mortos de frio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário