quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

RELATIVIDADE – Antonio Carlos Gomes

Na verdade, não morro:
Espero o tempo morrer,
Ele não existe sem mim.

Se fechar os olhos:
Talvez o horizonte solte as garras
Tente como louco me prender,
Grite
Agrida
Esbraveje
Lutando para eu viver.

Sem meus olhos
Não há cores
Nem poesias
Nem amores,
Não há dor
Nem tampouco tristeza,
Não há mundo!

O Universo é meu olhar...

Que ele me conserve aceso
Caso contrário,
O sol que explode
De forma psicodélica
A quem vai se mostrar?
.......

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