Ao contemplá-la, triste, emurchecida,
Os galhos nus de folhas despojados,
Sem a seiva que outrora tanta vida
Lhe trazia em renovos delicados;
Ao vê-la assim tão só, tão esquecida,
Tendo gozado dias tão folgados,
Ao som dos passarinhos namorados,
Que nela achavam sombra apetecida:
Ai! Sem querer encontro semelhanças
Entre meus sonhos, minhas esperanças
E a mirrada árvore dolente.
Ela perdeu as folhas verdejantes,
Bem como eu as ilusões fragrantes
Que outrora me embalavam docemente.
Leia mais em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/fclotilde.html#sonetos
Você conhece o primeiro poema de Francisca Clotilde? HORAS DE DELÍRIO. Gazeta do Norte. Fortaleza CE, 1877.
ResponderExcluirInfelizmente não tenho esse poema. Gostaria muito de conhecê-lo.
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