maus
versos e bons planos
faço isso há anos
é chumbo o alfabeto que aprendi
escrevo
tenho todos os dentes
peso até excessivo
adoeço raramente
nasci no brasil
logo, não existo
cólicas líricas seguidas de vómito
meu diagnóstico
proletária do espírito
salário não paga minha fome
pedem pão, dou verbo
vergonha não rima nem resolve
às vezes desejo o terror
ilusão do justo restaurado
mas quem garante?
se o tapa é a lei da mão
instaura a selva
eu
queria ser inocente
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