A Noite era um fantasma que se repartia
entre a luz e a escuridão.
Um lado desse fantasma era escuro e feio.
O outro lado era claro e bonito.
Nãmi, era como se chamava o dono da Noite.
Os grilos teciam as folhagens do sono
enquanto o pássaro japu tratava de afastar,
com seu bico,
as cortinas da madrugada.
Antes de dar a Noite a seus netos,
Nãmi comeu ipadu e fumou olé-o (cigarro).
O resto dessa estória ninguém sabe,
porque uma parte dela ficou com a Gente da Noite
e a
outra parte ficou com a Gente do Dia.
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