sábado, 6 de outubro de 2018

CACTUS - Laís Chaffe

Seguem regando cactus
com seus versos consumados,
seus desejos de fatiota,
seus gestos de pince-nez.

No ar, punhais se aposentam,
restam punhos descerrados,
pulsões de terno e gravata
e impulsos protocolares.

Seguem regando cactus,
aram desertos, cimento.
Há vigilância nos atos
e assepsia nos leitos.

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