Pai trinitário que me
salvaste
Do descaminho, da
treva escura,
Perdoa! o filho que
ainda perdura
Na sua confusa
perversidade.
Perdoa o filho, a sua
loucura,
Manchado de barro, de
luz impura,
Perdoa o filho, de
humanidade
Manchado, aflito, na
sua cidade
Feita de asfalto, de
aço e guindaste.
Todo pecado,
levando-o em rubro
Sangue perene, no
qual descubro
Meu nome e origem,
minha futura
Rede onde, à noite,
submerso em sono,
Hei de encontrar-me
de novo, dono
Da
eternidade, da eternidade.
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