Depois de conhecer os ruídos e os males
da sorte
vendo sessenta e nove anos em mim a se
compor
desejaria viajar agora às fronteiras do
meu norte
e ao nordeste da pátria conhecer meu
esplendor.
No entanto eu sei como o tempo é
inclemente
marcando horas infinitas no antes e no depois.
E por amar tanto esta vida e querê-la
mais urgente
vou num grito retumbante espalhar a
minha voz.
Eu sabendo em demasia a total
indiferença
do mundo a me cercar como algo transitório
planejo um poema especial onde a paixão
vença
antes de a plateia inculta o considerar
simplório.
Darei beijos/abraços nos amigos de hoje
e de ontem
como se este dia de outubro ainda fosse
o inicial
e depois de cervejas e de versos não me zombem
quando eu disser que agora sou praticamente imortal.
Depois...
Deitarei fogo de versos sobre a terra
imutável
e seguirei caminho na minha eterna
solidão
sabendo o quanto uma ilusão é
imensurável
no inferno que os tolos chamam coração!
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