Não foi sobre a nuvem
que o anjo apareceu,
nu
seu busto, jasmim e
maçã
curvado sobre a
máquina
e a tinta da noite
tingia seus dedos
Dentro dos olhos uma
borboleta
Rio de luar desciam
os cabelos
Desde a aparição, que
temo
e procuro
perdi-me da terra,
anseio
nebuloso acorre-me
a cada instante, vivo
de pressentimentos
Porém longe do espaço
o anjo tem o céu na
terra
e me sorri calado
entre sonho e carne
entre
a tinta e o ferro
Nenhum comentário:
Postar um comentário