sexta-feira, 19 de abril de 2019

DURMO COM OS CRÍTICOS - Ádyla Maciel

Reescrevo-me no chão que me pisa
Sentada num piso de madeira
Lembro da árvore que subi
Deitada no colo de Camões
Desconstruo a literatura
E a essa altura
Minha coragem é fantasma
Meu fantasma é fantástico
Como dói saber que estou só-bria.
Minha cama de casal
É o oceano
Eu sou o barco sem gente.
Já fui árvore.      
Já fui semente
Restam-me os seus céus

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