O sopro surdo do vento
parece murmúrio de vozes
em lamento pela morte.
A madrugada foge num repente
danado com medo do amanhecer.
Sob o sol, os cascalhos e a terra areosa
refletem a imagem do céu.
Sina?
Na trilha de pó, pedras e galhos secos,
o sertanejo caminha entre crenças e
esperança de cangaceiros.
Um penar sem fim?
No peito carrega o grito
do deserto-desesperança. A bênção nunca
chega, apesar das rezas de virgens órfãs,
criadas por devotas beatas
Santuário?
“Valei-me, meu padim-padre Ciço!”,
prece de fé e de desespero. A morte é
a passagem da Salvação?
O chão é um mar em brasas,
com a folhagem sem cor e a natureza
perdendo a vida. E a caatinga vira léguas
de judiação do sertanejo da dor.
Penitência?
Poeta Robson Sampaio. Siga este blog. Vá no canto esquerdo superior, clique em seguir, depois siga as instruções solicitadas.
ResponderExcluirObg, Rafael.
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