Sempre que a loucura
mostra as unhas de gato
Para arranhar teus
ossos sob a paz do beco
Deixa elétrica dor
dizer na lata e a seco
Vida de gado na
mesmice desse mato
Fingindo ser farinha
de outro saco
Cão e gato se lambem
à luz do gueto
Erguendo brindes
comem o mesmo naco
Da tua carcaça crua
em branco & preto
Exposto assim ninguém
aguenta o tranco
Entrega os pontos
antes do último ato
Um pirata perneta
caolho troncho e manco
Surge do fundo para
afundar teu barco
Dança com esse lobo
até soltar o pêlo
No fim tem sempre um
olho atrás do palco
Uiva de escalpo em
punho e fim de papo
Pouco
importa saber quem paga o pato.
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