Mesmo que
não me vejas,
eu caminho
ao teu lado.
Passos sem
som,
água sem
música,
luar a
deslizar sobre as florestas,
vento
úmido contra paredes ruídas.
Por isso
temos sido o que somos:
vastos sem
termos partido,
infinitos
sem abandonar nosso íntimo,
comovidos,
mesmo sem encontrar as respostas.
Eu teria
te respondido,
mas não me
ouvias mais.
Sentei-me
perto de ti
e pus
minha mão sobre a tua –
tua mão
fria dentro da minha.
Por trás
de mim, outra tarde terminava.
Nenhum de
nós saberá.
Te darei o
que é teu.
O que é meu, eu não possuo.
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