lindas mulheres e a minha pele
que se espelham no longo orvalho
no prazer da morna flor
que exala que se abre ao amor
nesse trajeto que se repete enrubesce
nas areias sensíveis da noite
nos esquecemos nos negros vapores
nos perdemos no covil das madeixas
suas vozes no espaço da morte
me adormecem nas estreitas vielas
dos seus hálitos perpétuos claros
dos seus íntimos anelos que vibram
suas unhas que tocam as cordas
das violas que nelas se escondem
me marcam com o sangue do espasmo
comprimem o meu jato sublime
seus pelos em círculos estreitos
me propõem um sucinto enigma
que tento solver com a língua
que se bifurca serpente faminta
seus olhares tão crespos em pares
tocam o suor dos meus poros
se espalham em tons claros
se voltam no transe se esquecem
suas luas tão escuras tão cruas
apontam-me brejeiras as escunas
nos tormentos amenos do estreito
refulge
no ardor soa em flor
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